TEXTO INTRODUTÓRIO DA MENSAGEM PREGADA ONTEM NA ASSEMBLEIA DE DEUS EM MESTRE D'ARMAS (ministério de Madureira, pastor presidente Odilon Xavier).
MENSAGEM DE DEUS
TEMA
(As Três Grandes Convocações de Cristo aos Seus Discípulos)
Leitura Seleta: Marcos 8.27–9.1.
Comentário: James Boice escreveu que “há um defeito na vida da igreja cristã do século XXI: a falta de discipulado genuíno. Discipulado significa deixar tudo para seguir a Cristo”.
Todo crente verdadeiro é um discípulo de Jesus Cristo! A “Grande Comissão” do Senhor era que se fosse por todo o mundo e se fizesse “discípulos de todas as nações, batizando-os em Nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado. E eis que estou convosco todos os dias até à consumação do século”. (Mt 28.19-20).
Elucidação textual:
O texto nos brinda com uma convocação do Senhor Jesus ao discipulado. Não temos aqui um simples convite que pode ser rejeitado por aqueles que querem se identificar com o Senhor Jesus, mas temos uma ordem a todos os que querem se “associar” a Cristo Jesus. A palavra grega é proskaleomai, significa “convocar, chamar para si; ordenar a vir”.
Há quem pense que o convite de Cristo neste texto é apenas uma oferta para uma “vida elevada” ou um segundo passo de fé, subsequente à salvação. Mas, sem qualquer sombra de dúvida, a convocação de Jesus Cristo é para a salvação. Ou seja, nosso Senhor nos convoca para uma salvação de compromissos. Ser salvo implica em aceitar, andar e ter como alvo de toda a vida estes compromissos. Menos do que isto é nominalismo religioso.
JESUS: Salvador e Senhor!
Um mero conhecimento de Cristo não salva ninguém. Temos que assumir um compromisso pessoal com Jesus Cristo e aceita-Lo como nosso Salvador e Senhor, sem restrições. Devemos recebê-Lo tal como Ele se apresenta nas Escrituras Sagradas. Devemos receber o Jesus bíblico!
No evangelho de Jesus Cristo há dois elementos essenciais: um convite e uma demanda! Quando Jesus oferecia às pessoas a salvação, também exigia obediência (cf. Mt 11.28-30).
Jesus não apoia aqueles que se candidatam a serem seus discípulos de forma errada. Por exemplo:
(1) de forma impensada: “[...] alguém Lhe disse: Seguir-Te-ei para onde quer que fores.” (Lc 9.57). A resposta do Senhor Jesus foi: “As raposas têm seus covis e as aves do céu, ninhos; mas o Filho do Homem não tem onde reclinar a cabeça.” (Lc 9.58).
(2) cheios de entusiasmo irresponsável: “Outro Lhe disse: Seguir-Te-ei, Senhor; mas deixa-me primeiro despedir-me dos de casa.” (Lc 9.61). Para este a resposta do Senhor é memorável: “Ninguém que, tendo posto a mão no arado, olha para trás, é apto para o Reino de Deus.” (Lc 9.62).
(3) a seu modo: O jovem rico queria a vida eterna ao seu modo. Mas, diante do desafio do Senhor, ele se despediu entristecido; suas riquezas permaneceram intactas, mas ele perdeu a Cristo.
(4) numa demonstração exterior de lealdade: Estas pessoas não avaliam o custo do discipulado. Jesus contou uma parábola sobre um construtor que começou a edificar uma torre, mas não a concluiu (lc 14.25-35).
Sobre esta questão o pastor John Stott comenta magistralmente:
“O cenário cristão é cheio de ruínas de torres abandonadas ou construídas pela metade – as ruínas dos que começaram a construir e não conseguiram concluir a construção. Milhares de pessoas continuam ignorando a advertência de Cristo e passam a segui-Lo sem antes parar para refletir sobre o custo dessa empreitada. Consequentemente, temos hoje um grande número de “cristãos nominais”.”.
Quando Jesus chamava discípulos, Ele os instruía cuidadosamente quanto ao custo de segui-Lo. Pessoas de coração dúbio, que não estavam dispostas a comprometer-se com Ele, não O seguiam.
O Senhor Jesus quer dizer: “Não venha a mim a não ser que já tenha avaliado os custos. E o custo é autonegação, autocrucificação e auto-submissão”.
O nosso Senhor nos chama para um compromisso integral com Ele!
O verdadeiro cristão, como Saulo de Tarso no caminho de Damasco, sempre perguntará: “O que farei, Senhor?” At 22.10 ). A resposta de Cristo Jesus está contida nos três grandes compromissos que Ele nos convoca a assumir.